Olá,
pessoal!
Vamos conferir a resenha da Beta sobre o livro Cartas Secretas Jamais Enviadas?
Ciao!
Com a modernidade, as pessoas desacostumaram a escrever. A
gente digita. E muitas vezes, nem as palavras completas: vamos de figurinhas,
emojis e “vc tb”// “tmj” // “ok” // “vlw”.
Por isso, escrever cartas soa tão anacrônico. Tornou-se algo
inesperado. Ou terapêutico – porque é um enorme desafio escrever os
sentimentos. Nem sempre o que pipoca no cérebro consegue ser colocado no papel.
Eu já fiz isso para algumas pessoas mais próximas. E, de
certa maneira, faço isso sempre que publico algo no Literatura de Mulherzinha.
Por isso este livro me chamou a atenção.
*** Texto originalmente escrito para o Histórias Sem Fim, que a Ana Carla gentilmente permitiu que fosse publicado também no Literatura de Mulherzinha! Obrigada, Ká! ***
Cartas secretas jamais enviadas – Emily Trunko – Seguinte
(Dear my blank: Secret Letters Never Sent - 2016)
Em 2015, a adolescente Emily Trunko iniciou um Tumblr
– Dear my blank http://dearmyblank. tumblr.com/ –
onde publicava cartas secretas nunca enviadas. Ela passou a receber e a
publicar sem revelar os nomes dos autores (quando assim escritas, porque
algumas das publicadas tem iniciais ou nome de envolvidos) várias cartas.
De acordo com ela, a inspiração partiu das várias cartas que
ela mesma escreveu, primeiro em um caderno e depois em um arquivo no
computador.
Neste livro, Emily organizou algumas das cartas que recebeu
e publicou no Dear my blank em dez partes: “Querido Eu”,
“Querido Mundo”, “Amor”, “Amigos”, “Família”, “Coração Partido”, “Amor Não
Correspondido”, “Traição”, “Perda” e “Obrigado”.
Variam de uma frase à duas ou três páginas no máximo. A
diagramação é bem interessante, gostei das cores usadas (sou suspeita porque se
tem azul, preto e branco já ganha meu coração, mas tem mais cores podem ficar
tranquilas). E o desafio é você não se identificar com pelo menos uma delas.
Eu me identifiquei com várias que representavam pensamentos meus atuais
ou mais antigos. Em alguns dias eu estava mais feliz ou mais triste ou cansada
ou querendo distância dos demais representantes da “dita” humanidade (em um ataque
de escorpiana antissocial).
Uma citava uma situação semelhante que ocorreu comigo e com desfecho
fofinho bem parecido.
Outras mexiam em sentimentos – que até pouco tempo atrás – ainda estavam
meio bagunçados, mas agora estão mais claros. E claro, teve aquelas que eu
adoraria se tivessem escrito para mim.
Elas expressam momentos congelados no tempo de quem as escreveu, mas que
ressoam em quem lê. A maioria das pessoas ama, já passou por algum tipo de
traição ou traiu, ou se sentiu desconfortável, abandonado e rejeitado ou
abandonou e rejeitou alguém.
Algumas são dor da primeira à última palavra.
Outras trazem a esperança da página virada. Você pode
estar em qualquer lado da moeda que encontrará algo que pode despertar uma
lembrança sua.
Estamos vivos. Somos seres humanos. Somos imperfeitos. Isso
deveria gerar empatia com o próximo.
Ok, nem sempre acontece.
Enfim... No caso deste livro, pode
gerar o reconhecimento da própria voz na escrita alheia.
Aliás, a gente devia escrever mais. Nem
sempre faz bem imediatamente, mas ajuda pra caramba. Posso atestar isso.
Claro que depois de ler tanto, você
pode se inspirar a escrever a sua carta. Se quiser compartilhar, ela orienta
como enviar para o Dear my Blank. Se ainda não tiver pronto para divulgar,
mesmo que de forma anônima, há páginas para você colocar estes sentimentos em
palavras e guardar fora do peito.
E ainda o cuidado de informar como
ajudar pessoas ou si mesmo se estiver em depressão ou pensando em se machucar
(porque algumas cartas citam isso).
- Links: Goodreads livro e autora; site da editora; Skoob.
Bacci!!!
Beta
Ah, uma última coisinha...
"Amizade é um trem bom demais.
Não importa se está aqui, ali ou acolá.
Importa estar. Ao lado, a um
telefonema, a um e-mail, a uma mensagem no Whatsapp. É poder falar ou silenciar
e saber que vai ser compreendida. É poder estar incompreensível e saber que
mesmo assim ainda está lá.
Como tudo na vida, tem dias bons e ruins.
Como tudo na vida, tem dias bons e ruins.
Vira família. Mas que a gente
escolhe e é escolhida.
Às minhas amizades especiais - que sabem quem são -, o meu agradecimento por optarem por permanecer por perto.
Eu também estou aqui :)"
Às minhas amizades especiais - que sabem quem são -, o meu agradecimento por optarem por permanecer por perto.
Eu também estou aqui :)"
Bacci!!!
Oi.
ResponderExcluirEu adorei esse livro. Não tinha lido nada parecido ate o momento, mas eu amei ler cada carta enviada para a autora. Realmente, muitas cartas acabam refletindo aquilo que estamos sentindo no momento, ou já sentimos em algum momento. Bate uma vontade dá escrever nossas próprias cartas, de colocar para fora aquilo que está dentro de nós.
Beijos
Oi Carla!
ResponderExcluirTudo bem? Esse livro está na minha wishlist desde que foi lançado e eu ainda não consegui ler!
O que mais me chamou atenção na sua resenha foi como você falou que a escrita pode ser usada como terapia. Minha psicóloga fala a mesma coisa para mim e eu já estou fazendo isso a algum tempo e é realmente incrível como me faz bem. Realmente deveríamos escrever mais.
É muito bom quando a gente se identifica tão intimamente assim com o que uma outra pessoa passou ou está passando né? Gera um sentimento de que não estamos sozinhos e isso é maravilhoso. Enfim, o livro já estava na minha wishlist faz um tempo, como eu disse, mas foi muito bom conferir suas impressões sobre ele e só reforçou ainda mais a minha vontade de tê-lo na minha coleção!
Beijinhos - Jessie
www.paraisoliterario.com
O bom de um livro em que se está lendo é o fato de se identificar com algumas partes dele e esse deve ser um. Não conhecia a obra, mas fiquei com vontade de ler e anotei seu nome na minha lista. Parece ser uma leitura rápida e bem tranquila.
ResponderExcluirOlá! Muito interessante! Acredito que todos nós já tivemos mesmo, vontade de escrever tudo que estávamos sentindo e pensando pra algum desconhecido ler, e assim desabafar um pouco. Da mesma maneira que já lemos algo assim, e que também nos identificamos. Adoraria ler! Parece mesmo emocionante!
ResponderExcluirBjoxx ~ http://www.stalker-literaria.com/
Eu venho namorando esse livro tem um tempinho, acho a edição lindinha demais, e a maneira como ele foi diagramado melhor ainda. Vi algumas imagens do livro e confesso que fiquei emocionada, creio que seja uma obra pra gente ler aos pouquinhos, porque acaba impactando realmente, quando vê já está com os olhos marejados, né? Adorei o post e as fotografias!
ResponderExcluirOlá!
ResponderExcluirEu adoro esse tipo de leitura. Geralmente marco tantas citações que depois fico sem saber o que escolher para colocar nas resenhas. Gosto da forma como é composta a trama, com cartas e por trazer tantos sentimentos nelas.
A edição está muito bonita e espero ler em breve.
Beijos!
Camila de Moraes
Olá
ResponderExcluirEu não conhecia esse livro, mas que premissa interessante; Realmente depois que as redes sociais virou esse fervor que é hoje acabamos perdendo nosso costume de escrever cartas ou até mesmo algo simples do dia-a-dia como uma lista de compras, pois tudo é digitado. Eu amo escrever mesmo amando as redes sociais, tiro base pelas minhas resenhas por que tenho que escreve-las todas em um papel para depois passar para o blog, por que só assim ela flui. É tão bom quando nos identificamos com um livro né? Eu gostei muito do que você falou, pelas partes que se identificou. A resenha está maravilhosa e super completa, a dica está mais que a notada. A parte grafica está linda. Como amo cartas com toda certeza esse livro vai falar comigo.
Beijos
Meu Deus, essa da música é MEGA profunda.
ResponderExcluirÉ engraçado como poucas palavras podem mexer tanto com a gente, né?
Fiquei encantada com a diagramação, e o propósito da obra é incrível.
Quero ler!!
Acho que este é o tipo de livro que ao terminar a leitura, nós estamos em posição fetal, chorando, não é mesmo. Quero!!!
ResponderExcluirBeijos
Olá, tudo bom?
ResponderExcluirEu achei a ideia do tumblr e do livro, genial. Algumas vezes, com poucas palavras, nos deparamos com cartas que nos inspiram diversas emoções e que conseguimos nos identificar. Sei que vou chorar em várias passagens e que nos mostra que ninguém é perfeito - e está tudo bem com isso. A edição é linda e adoraria ter na minha estante! <3
Abraços.
Olá, Carla.
ResponderExcluirA diagramação do livro super chama a atenção, e esse é um ponto muito forte.
Não sou muito de ler livros do tipo, mas os textos que você colocou aqui acabou que eu me identifiquei com alguns e fiquei com vontade de ler. Tenho cartas escritas à mão aqui em casa que também nunca foram enviadas. Dica anotada!